Perus são sencientes,
conscientes, inteligentes e criativos·
Publicado por Lale Rios em 25 dezembro 2013 às 21:32
Existe um
grande mito popular de que os perus são estúpidos. Alguns dizem que quando
chove os perus podem olhar para a chuva até morrerem afogados. O naturalista
Joe Hutto viveu durante um ano ao lado dos perus para provar que a crença de
que estas aves são “idiotas” é uma inverdade, bem como qualquer mito que
insinue que os perus sejam desprovidos de inteligência.
Ele afirma que
estas aves possuem uma grande compreensão da ecologia e possuem um complexo
vocabulário na hora da comunicação. Hutto é um etólogo, e mora na Flórida. Para
começar o estudo, ele precisou encontrar uma maneira de ser visto pelos perus
como a mãe deles. A ideia surgiu quando um fazendeiro deixou em sua porta
uma tigela cheia de ovos de perus.
O pesquisador
colocou os ovos em uma incubadora e esperou o momento da eclosão. Quando
começou aparecer os primeiros sinais de rachadura, ele teve de agir
rapidamente, imprimindo várias fotos de seu rosto em close e colocando próximo
aos ovos. Após o nascimento, os perus não o reconheceram como “importante”. O
contato visual e o vínculo só ocorreu após um certo tempo. “Algo muito ambíguo
aconteceu naquele momento”, declarou.
Uma vez que os
perus recém-nascidos o identificaram como mãe, ele se sentiu com imensa
responsabilidade. A partir deste momento ele não poderia deixá-los sozinhos,
acompanhando-os 24h por dia. Ele precisava acompanhar os perus o tempo todo,
até que a noite chegasse e eles pulassem para o poleiro. Ele ficava com as aves
até que o ambiente ficasse completamente escuro, para poder sair
sorrateiramente. Caso contrário, os perus iriam segui-lo e isso poderia
prejudicar o sono.
Apesar de ser a
“mãe”, ele comenta que não precisou ensinar praticamente nada aos perus.
As aves já sabiam, por instinto, o que comer, quais insetos eram bons ou ruins
e qual aranha venenosa poderia comer.
O pesquisador
deu uma entrevista para a revista New Scientist declarando que o começo da
experiência era apenas uma curiosidade, mas tornou-se extremamente
significativo para ele. “Achei que era impossível evitar um envolvimento
muito pessoal, portanto, um empirismo científico e desprendimento foi
completamente perdido durante o processo”, comentou.
Ele aprendeu que
os perus são extremamente criativos e inteligentes.
Segundo ele, os perus perderam um pouco do instinto de sobrevivência devido à
domesticação, mas os selvagens, criados livremente, conseguem sobreviver,
usando suas habilidades.
Assista o
documentário (em inglês):
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