sexta-feira, 8 de novembro de 2013

DINHEIRO NÃO NASCE EM ÁRVORES, MAS OURO SIM

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Por Natasha Romanzoti em 23.10.2013 as 16:00



Grande parte das terras da região Goldfields-Esperance, na Austrália Ocidental, é árida e inóspita. Lá, só vivem plantas e animais bastante resistentes aos solos salgados quase totalmente inférteis. Não há rios para dar fôlego à vida.
Ainda assim, é para o meio desse local isolado, cerca de 40 quilômetros ao norte da cidade de Kalgoorlie, que muitos homens e mulheres vão na esperança de ficar ricos. Eles migram para a região a fim de detectar a existência de um metal brilhante e macio: o ouro.

Cerca de 30% das reservas de ouro comprovadamente acessíveis do mundo estão enterradas na região. Tal notoriedade atrai mais do que apenas garimpeiros sedentos, mas também cientistas curiosos.


Recentemente, uma equipe de pesquisadores visitou a área e deparou-se com uma descoberta surpreendente: lá, o ouro cresce em árvores de eucalipto. “Nós mostramos a primeira evidência de partículas de ouro dentro de espécimes naturais de tecido biológico vivo”, relatam os cientistas na revista Nature Communications.
Chuva raramente cai em Goldfields-Esperance, que ostenta temperaturas médias de cerca de 34 graus Celsius no verão. Por conta disso, os eucaliptos sedentos estendem suas raízes subterrâneas o mais longe possível em busca de água, às vezes tão profundo quanto 40 metros.

Ao longo desse caminho, as raízes encontram terra enriquecida com ouro, absorvendo o metal. Transportado pela água, o ouro flui através dos sistemas vasculares das árvores e fica depositado no interior das células da planta. Os pesquisadores descobriram folhas e galhos com concentrações particularmente elevadas de ouro: 80 e 44 partes por bilhão, respectivamente.
Isso não é o suficiente para fazer a árvore brilhar dourada sob o sol do meio-dia, ou mesmo para fazer um anel de ouro – seria preciso cortar 500 das árvores para extrair metal suficiente -, mas ainda é muito em um sentido biológico.

Cientistas criam ouro colorido usando nanotecnologia

Curiosamente, a equipe descobriu que o ouro está sendo liberado através das folhas que caem, gerando uma conclusão bastante interessante: na Austrália Ocidental, ouro está literalmente caindo das árvores (embora reconhecidamente em quantidades microscópicas).
Não se pode ficar rico simplesmente de recolher essas folhas, mas elas podem muito bem indicar a presença de depósitos mais “gordos” de ouro enterrados abaixo. [RCS
 
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