Por Jonatas
Almeida da Silva em 10.08.2013 as 12:00
Este urso polar magro, de 16 anos, macho, foi encontrado
recentemente a mais de 250 quilômetros de distância de sua área habitual.
Especialistas acreditam que a falta de gelo no mar forçou o urso a adentrar em
território desconhecido, pois procurava desesperadamente por comida – uma busca
que chegou a uma conclusão sombria.
Os ursos polares se alimentam principalmente de focas e
requerem o gelo do mar para capturar suas presas. Mas, no ano passado, o Ártico
viu o menor nível de gelo marinho já registrado na região – um sério problema
para os ursos.
O animal faminto, que foi descoberto no Ártico numa ilha
arquipélago de Svalbard, parece ser uma vítima da falta de gelo no mar. De
acordo com Ian Stirling, famoso especialista em ursos polares, a culpa é da
mudança climática.
“A partir de sua posição deitada, a morte do urso parece
simplesmente ter sido por fome”, disse Stirling. “Ele não tinha nenhum traço de
qualquer gordura restante, tendo sido reduzido a pouco mais do que pele e
osso”.
Além disso, o urso já havia sido examinado por cientistas do
Instituto Polar Norueguês, em abril, na parte sul de Svalbard, e estava
completamente saudável. A localização do urso, cerca de 250 km de distância de
seu reduto regular, indica que ele provavelmente seguiu os fiordes interiores,
uma vez que viajou para o norte – uma jornada bastante épica.
A IUCN estima que o aumento do degelo significa perda de
entre um terço e metade dos ursos polares nas próximas três gerações, ou seja,
em cerca de 45 anos. E os governos dos EUA e da Rússia disseram em março que o
degelo mais rápido do que o esperado pode significar a perda de dois terços da
população desses animais. [io9]
fonte: HypeScience
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