sábado, 7 de dezembro de 2013

NOVA ESPECIE DE ONÇA É DESCOBERTA NO BRASIL

 
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Por Natasha Romanzoti em 30.11.2013 as 11:00

Uma nova espécie de gato selvagem foi descoberta no sul e sudeste do Brasil. O felino, nomeado Leopardus guttulus, é um tipo de gato-do-mato com pelagem semelhante a uma onça-pintada. O estudo foi publicado no periódico Current Biology.
O novo gato parece idêntico a outro encontrado no nordeste do país e outros lugares do continente americano, mas cientistas descobriram que ele pertence a uma espécie completamente diferente.
Os pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) compararam os genes dos gatos selvagens que vivem no nordeste com populações do sul e concluíram que não há fluxo de genes entre as duas populações.
A descoberta é um lembrete de quão pouco os cientistas sabem sobre o mundo natural, e tem implicações importantes para a conservação dos gatos selvagens.
O(s) animal(is)
Os animais que são o objeto da investigação também são conhecidos como tigrinas. São pequenos gatos nativos de florestas tropicais da América Central e do Sul, ativos durante a noite e no crepúsculo. São parentes da jaguatirica.
 
As criaturas crescem até 59 centímetros de comprimento, e pesam entre um e meio e três quilogramas. Sua pele é grossa e macia e varia de castanho claro ao ocre escuro, com numerosas manchas pelo corpo. Esta coloração os ajuda a misturar-se com a luz do sol “manchada” que penetra nos bosques da floresta tropical.
 
Muito parecido com os gatos domésticos, os gatos-do-mato se alimentam de pássaros e pequenos mamíferos e, enquanto vivem e caçam no chão, são hábeis em escalar árvores.
As principais ameaças a esses felinos são o desmatamento e a caça furtiva. Eles são mortos por suas peles, altamente valorizadas e muitas vezes vendidas ou transformadas em roupas.
 
Eduardo Eizirik, pesquisador do Laboratório de Biologia Genômica e Molecular da PUCRS, e sua equipe da área de genética evolutiva de felinos estudam animais de pequeno porte da América do Sul desde os anos 1990. Um dos objetos de sua pesquisa era o gato-do-mato (Leopardus tigrinus), relativamente comum do sul ao nordeste do Brasil.
No entanto, ao analisar as colônias do sul e do norte pela primeira vez, os pesquisadores notaram que, apesar de terem a mesma aparência, elas possuíam diferentes composições genéticas.
 
Eizirik afirma que não houve qualquer troca de genes entre as duas comunidades por milênios, indicando que as populações não cruzaram. Elas são, na realidade, duas espécies completamente diferentes. A estimativa mínima é que essa separação tenha ocorrido há cerca de 100 mil anos.
 
“De fato, há muitos aspectos básicos que nós ainda não sabemos sobre gatos selvagens, de sua distribuição geográfica precisa e suas dietas até a delimitação de espécies, como neste caso”, comentou.
Ele e seus colegas nomearam a espécie do sul como Leopardus guttulus, enquanto a comunidade no nordeste continuará conhecida como Leopardus tigrinus, em virtude de regras taxonômicas.

L. guttulus

L. tigrinus
A descoberta de um novo felino é um fenômeno raro. A última vez que isso ocorreu foi em 2006, quando o leopardo-nebuloso foi encontrado nas ilhas de Bornéu (Indonésia, Malásia e Brunei) e Sumatra (Indonésia). [DailyMail, Veja]
 


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