PESTE NEGRA está de volta e já matou dezenas de pessoas
Publicado em 3.02.2015
Um surto de peste negra –também conhecida como pespe bubônica — matou
dezenas em Madagascar, e especialistas temem que esses números possam
subir. Pelo menos 119 casos foram confirmados até o final do ano
passado, incluindo 40 mortes, informou a Organização Mundial de Saúde
(OMS) em um comunicado. E a doença está tomando um rumo alarmante.
“O surto de peste negra que começou em novembro passado tem algumas
dimensões preocupantes”, afirma a OMS. “As pulgas que transmitem esta
doença antiga de ratos para os seres humanos desenvolveram resistência
ao inseticida de combate mais comum”.
A doença tem se espalhando especialmente em favelas densamente
povoadas na capital Antananarivo. De acordo com informações de
Christophe Rogier, do Instituto Pasteur de Madagascar, divulgadas no
final do ano passado, casos foram confirmados em pelo menos 20 distritos
além da capital. Rogier é parte de uma equipe que trabalha com a OMS no
local para combater a doença.
A peste bubônica é causada pela Yersinia pestis, uma
bactéria encontrada em roedores e transmitida por pulgas. Recentes
inundações no país desalojaram dezenas de milhares de pessoas e “um
número incontável de ratos”, disse Margaret Chan, diretora-geral da OMS.
Segundo ela, o temor é que a situação ambiental colabore para a
proliferação da doença.
Como é transmitida?
Uma vez que uma pulga infectada morde seres humanos, eles podem
desenvolver a peste bubônica, que é marcada por inchaço dos gânglios
linfáticos. Se as bactérias atingem os pulmões, pode-se desenvolver a
peste pneumônica. Esta variação é rara, mas mais perigosa do que a peste
bubônica, porque pode ser transmitida entre humanos através da inalação
e tosse.
“Se diagnosticada precocemente, a peste bubônica pode ser tratada com
sucesso com antibióticos. A pneumônica, por outro lado, é uma das
doenças infecciosas mais mortais; doentes podem morrer 24 horas após a
infecção”, explica a OMS.
Segundo a organização internacional, pelo menos 8% dos casos avançam
para a peste pneumônica. Não está claro, contudo, qual percentagem dos
casos atuais compreendem a peste mais letal.
No passado, epidemias da doença ocorreram na Europa, Estados Unidos, África, Ásia e América do Sul.
A praga era conhecido como o “Peste Negra” na Europa do século XIV, e causou a morte de 50 milhões de pessoas. [CNN]
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