Esqueleto
de “Noé” é Descoberto no Porão de Museu / Noe Skeleton is discovered
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Cientistas do Museu
Penn (Museu de Arqueologia da Universidade da Filadélfia, nos EUA)
redescobriram recentemente um esqueleto humano de 6.500 anos de idade, que
ficou perdido em uma caixa no porão por 85 anos.
A caixa de madeira
não tinha número de identificação ou cartão de catálogo. No entanto, um esforço
recente para digitalizar alguns dos antigos registros do museu apontou novas
informações sobre a história da caixa misteriosa e do esqueleto, apelidado de
“Noé”.
- Pesquisadores acidentalmente fazem descoberta arqueológica de
milhares de anos no Cerrado brasileiro
O
trajeto
O esqueleto humano
dentro da caixa foi originalmente descoberto entre 1929 e 1930, em Ur, no atual
Iraque, por Leonard Woolley e sua equipe de arqueólogos do Museu Penn e do
British Museum (Museu Britânico, em Londres).
A escavação de
Woolley revelou o famoso “cemitério real” mesopotâmico, com centenas de
sepulturas e alguns artefatos culturais. A equipe também encontrou túmulos que
precediam o cemitério de Ur por aproximadamente 2.000 anos.
Em uma planície de
inundação, cerca de 15 metros abaixo da superfície, os arqueólogos descobriram
48 túmulos que datavam do período de Ubaid, cerca de 5.500 a 4.000 aC.
Embora vestígios
deste período sejam extremamente raros, mesmo em 1929, Woolley decidiu
recuperar apenas um esqueleto do local, que foi encaixado, enviado para Londres
e mais tarde para a Filadélfia.
Várias listas
feitas pelos pesquisadores enumeraram os artefatos da escavação de 1929-1930 e
para onde eles estavam indo – enquanto metade permaneceu no Iraque, os demais
foram divididos entre Londres e Filadélfia. Uma das listas afirmava que o Museu
Penn receberia dois esqueletos.
Quando William
Hafford, o gerente do projeto responsável pela digitalização dos registros do
museu, viu a lista, ficou intrigado. Um daqueles dois esqueletos não podia ser
encontrado.
Pesquisas no banco
de dados do museu revelaram que ele tinha sido registrado como “não
contabilizado” desde 1990.
Para chegar ao
fundo desse mistério, Hafford começou a explorar os extensos registros deixados
pelo próprio Woolley.
Depois de localizar
informações adicionais, incluindo imagens do esqueleto, Hafford foi conversar
com Janet Monge, curadora de antropologia física do Museu Penn. Monge se
lembrou da misteriosa caixa no porão.
Quando eles abriram
a caixa mais tarde naquele dia, a curadora disse que ficou claro que o ser
humano no interior era o mesmo listado por Woolley.
“Noé”
O esqueleto
provavelmente pertencia a um homem com 50 anos ou mais de idade, e com altura
entre 1,73 a 1,78 metros.
Pesquisadores do
Museu Penn o apelidaram de “Noé” porque acredita-se que esse homem viveu depois
do período que dados arqueológicos sugerem ter havido uma inundação maciça no
local original em que foi descoberto, Ur.
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